quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SOU FILHA DE UMA FAMÍLIA MUITO LUTADORA E SOFREDORA!







  Sou filha de uma família muito
lutadora e também muito rígida do interior são João evangelista minhas gerais.
Sou a mais velha da turma, sendo dezessete irmãos. Vivos apenas sete.
Como eu já disse uma família muito lutadora, mas também muito fraca, apesar de
muita luta, mas com a dependência de patrões mal conseguia o alimento. 




Era condições precária mesmo, onde ate as crianças teria que ir a luta.

eu com apenas oito anos já teria que cuidar de irmãos e ir ate para o fogão a
lenha.

nem estudar tive a oportunidade apesar de desejar muito.

a felicidade se existia eu não conhecia, ou talvez
nenhum de nos.

meus pais me espancavam muito, tanto que ate hoje com trinta e seis anos ainda
tenho pequenas cicatriz de coro deles.

mesmo assim nunca deixei de amar.

perdi muitos irmãos que foram a morte sendo um eu nunca acreditei que foi a
óbito.

pois este com idade de quatro meses sumiu em um hospital de governado
Valadares. E meus pais por falta de amor, simplicidade, falta de informação ou
não, sei lá, não tomaram nem uma providencia. Como na época a mãe não podia
ficar em hospital sempre ligava da casa de amigos, pois nem telefone não tinha em casa. Telefone
nesta época era luxo. E o mais estranho da historia é que às vezes quando
ligava eles diziam que sumiu, outras vezes tava na cirurgia, novamente sumiu,
novamente na cirurgia e quando recebeu o

comunicado de morte, meus  pais foram ate
ao hospital de governado Valadares e o filho não existia, e o corpo não foi
encontrado.

e ate hoje vivo com a dor no coração e sempre na duvida será que ta morto? Será
que ta vivo?

E eu a procura da minha felicidade porque vivia sendo espancada pelos meus
pais, tive que causar mais uma dor em meus pais, tive que fugir de casa
deixando na preocupação, na verdade não queria deixar meus pais, mas meu
sofrimento era muito. Mas na verdade o sofrimento lá fora é dobrado, mas eu não
pensava nisto, e acreditava ter uma vida melhor.

Só não entedia porque com meus pais, muitas vezes agente comia somente feijão com abóbora e fubá torrado, mas
se alguém ficasse doente meus pais si virava e o remédio chegava.

quando fugi de casa, passei a depender de pessoas estranhas, e sendo assim
quase dei bicho em vida, na época tinha dezenove anos mas como não tinha
experiência e era estranha no lugar nem emprego eu conseguia.

e enchi minha costa de furunco, eram tantos que ate a blusa pregava de tanta
inflamação, quando aproximava o horário de começar o almoço, eu era expulsa do
local como um cãozinho sarnento, talvez pior, porque o cãozinho deles era bem
tratado, recebia carinho, e todo cuidado.

nestes momentos senti saudades ate das surras que eu recebia dos meus pais.

ate hoje tenho cicatriz que não me deixa esquecer, e posso mostrar para quem
queira ver.

sempre soube que meus  pais não me
agredia por mal, mas não agüentava mais aquele sofrimento, falta de carinho ,de
amigos , mas lá fora no mundo a dor é maior, alem da surra do mundo a saudade
dos parentes querido. Hoje depois de muitos anos sou casada tenho três filhos
sendo um especial.

Apesar de muitas coisas que me acontece hoje, mas me considero feliz, mas garanto, não foi fácil
e pensei não agüentar. Hoje eu e toda minha família moramos em ribeirão das
neves, e temos nosso cantinho. Mas ainda carrego no coração a cicatriz do que
passei e que causei a minha família. AGORA PRESTE BEM ATENÇÃO, a você que pensa
em fazer o mesmo talvez por rebeldia, ou seja, qual for o motivo, reflita bem
antis porque você pode se arrepender, por que o mundo lá fora não é aquilo que
parece ser.

Talvez esta é a sua maior chance de aproveitar sua família, não a despreza por
nem um motivo que seja, pois um dia nossos entes queridos se vão. Quando menos
esperamos e sem nenhum aviso, Deus tira de nós o que mais amamos.

E em nosso peito fica apenas a dor de um punhal que crava em nosso coração e em
nossos pensamentos. E

Nossos pensamentos divulgam para cada gota de sangue em nosso corpo, a culpa de
nunca ter dito: amo-te, preciso de você, estou sempre aqui, me preocupo com
você, e como se não bastasse vem à frase mais forte a culpa foi minha, eu
poderia ter evitado isto, eu que causei isto.

Nossos sonhos caem por terra, nossa independência parece perder a importância.

E a resposta para essa dor? O tempo e uma certeza:

Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as palavras não
importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença, e as
palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos SOS e abandonados, surge uma
palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos SOS.

E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está
apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém.

Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons
momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em
eternos companheiros.

Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhante, nossa
vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade e uma certeza:

Não importa onde estejam, estarão sempre conosco.


Autora; Maria silvania dos santos.


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